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quarta-feira, dezembro 12, 2007
Pessoas queridas que chegarao ate aqui, Ja nao era sem tempo esse meu retorno a blogosfera. A ansiedade esta a mil por hora e a unica coisa que posso fazer agora pra tentar aliviar um pouco esse meu coracao indocil eh escrever. Eu quero contar pra voces como eu cheguei ate aqui, pra comecar esse novo blog decentemente, mas eu nao sei nem por onde comecar... Vou comecar com o sonho que eu sempre tive de ganhar o mundo. Sempre, ja nasceu comigo, isso. Mas precisa ter muito culhao pra abandonar tudo o que voce construiu, botar a mochila nas costas e se mandar. E eu sempre fui meio bunda-mole pra essas coisas, entao dobrei o sonho bem pequenininho e guardei no bolso mais escondido da alma e fui levando a minha vidinha comum (nao que nao fosse uma vida feliz, mas era assim comum e eu nunca me encaixei cem por cento nela, era assim como um sapato muito bonito, mas apertado). Me formei publicitaria pra depois descobrir a inutilidade dessa profissao que eu nunca serei capaz de exercer. Empurrei com a barriga o quanto pude um curso de letras na uece. Tava tudo bem. Em termos. Depois de um tempo eu lembro que eu ja nao estava feliz. Mas eu fui empurrando tudo com a barriga, porque essa eh minha especialidade e porque sabia que tinha que ser assim, que tinha sido a minha escolha e eu nunca ia ter uma vida muito melhor que aquela (era assim morna, nem quente, nem fria. Era confortavel apenas, a ponto de eu ficar la acomodada e indisposta a procurar vida melhor). Eu nao escrevia mais, nao pintava, nao produzia mais nada de forma alguma. So trabalhava, dormia, namorava. Ponto. Foram dois anos e meio. E as coisas comecaram a ruir, assim aos pouquinhos, e eu sempre tentando consertar com uma pa de cimento aqui outra acola. O emprego onde eu tava a quase dois anos era uma bomba prestes a explodir. Eu tava odiando a minha vida, eu chorava toda noite e queria fugir ou virar qualquer outro ser humano que nao fosse eu mesma. Eu nao planejei ir pra America. Juro. Simplesmente aconteceu. Eu pensei nisso durante um mes, nada mais do que isso. Era inicio de 2004. Entrei em contato com uma agencia de au pairs (estudantes de intercambio que vao pra la morar na casa de familias americanas cuidando das criancas e recebem salario e bolsa de estudos pra isso) e o processo de colocacao que demora em media 3 meses, se resolveu em menos de duas semanas (eu te pergunto: voce acredita em coincidencias?), impressionando todo mundo da agencia. A familia, maravilhosa, morava pertinho de Boston - onde morava o Carlos (mas isso ja nao foi coincidencia, eu fiz questao de ir pra perto de alguem conhecido, por seguranca mesmo). Arrumei minha mala e no dia do meu aniversario de 24 anos, me mandei pra la. Eu nao pensei muito, do contrario desistia. Mas no fundo eu sabia que nunca tinha feito coisa tao certa nessa minha vida. Eu fui pra passar um ano, juntar experiencia e dinheiro, pagar a casa que tinha deixado aqui. Era isso que eu pensava. Mas tudo comecou a mudar desde o meu primeiro dia la. Porque eu reencontrei perdido la naquele bolso esquecido o meu sonho de ganhar o mundo. E eu vi que ja tinha dado o primeiro passo, tava la, tava muito mais feliz do que aqui, tava adorando cada segundo, cada descoberta, cada coisa nova que eu via e aprendia. Em outras palavras: eu fugi de mim mesma, fugi da minha propria vida e dos planos que eu tinha tracado pra mim. Quando cheguei la eu percebi que nao tinha nascido pra essa vida modorrenta de casamento sem diversao e sem aventura, essa vidinha burocratica que a maioria consegue levar feliz. Eu nao me encaixava, pronto. E eu vi que nao podia voltar, se eu fizesse isso, eu ia estar me traindo violentamente, me sabotando. Eu nao sei ate que ponto voce esta conseguindo me acompanhar ou entender ate aqui, mas foi mais ou menos assim que aconteceu e eu nao sei explicar mais profundamente, porque eu nao consegui entender cem por cento o que passou na minha cabeca. Eu fui so seguindo os instintos, o coracao. Enviado por Claudia Zeal às 1:35 PM | link Comentários:
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