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segunda-feira, junho 30, 2003
O tempo passa, o tempo voa, já dizia um dos ilustres comerciais da minha infância - e essa minha mania besta de começar e terminar texto com ditados e dizeres alheios. Daqui a doze minutos comerei um pedaço de bolo em comemoração ao meu aniversário que passou a dezoito dias.

Que dia corrido, meu deus. Só agora eu sento e sinto que o tempo passou como quem suspira, o tempo de uma inspiração e uma expiração. Mas um suspiro fundo, de quem cansou apesar de não ter sentido o tempo passar. Um suspiro assim daqueles de depois do amor. Cansada mas satisfeita, eu.

Daqui a quatro dias tem mais bolo, mais aniversário. Se eu tivesse mais tempo, escrevia um livro de honras. Se eu tivesse mais grana, gravava as letras pretas do livro numa camisa branca - de futebol - mas com a minha caligrafia desajeitada de mãos que tem mais intimidade com o teclado do que com a caneta - e dava de presente. Mas eu não tenho tempo nem grana. Restam as lembranças da convivência quase diária, as preguiçosas manhãs de domingo, as comidinhas preparadas com carinho. Ficam as briguinhas bestas só pra temperar o beijo quando se ver da próxima vez e as implicâncias de roubar lençóis e travesseiros e mostrar a língua - sempre. Tem ainda a saudade agridoce diária, que já virou função fisiológica, junto com a fome, com a sede, com o sono, com a vontade de fazer xixi. E tem essa homenagem tão fora de hora, assim debaixo de tanto cansaço, assim em plena segunda-feira. É só pra fugir do clichê. Minhas vontades não sabem esperar, nunca souberam. Oh, meu amor, isso é amor.

Enviado por Claudia Zeal às 6:24 PM | link Comentários: