Ontem foi noite de meses, de eclipse lunar e de aventuras felinas. Pensei em muitas cousas enquanto estava espichada na espreguiçadeira olhando a lua enquanto fazia a digestão de toda aquela pizza. Pensei na reação dos homens pré-históricos diante de um eclipse e em quantas pessoas estariam olhando o céu naquele exato momento. Descobri que não precisamos necessariamente de um eclipse para nos sentarmos na varanda numa noite de verão ao lado dos que amamos e admirarmos a lua. Lembrei de vestígios da minha infância e concluí que não devemos nunca sufocar a criança dentro de nós, que não há nada de errado em soprar bolhas de sabão do meio da rua ou participar de uma divertida guerra de pistolas d'água. Senti na pele que período fértil e lua cheia definitivamente não combinam. E que o danado do Lillo, egocêntrico que é, não tinha nada que ir passear no quintal da vizinha se ele não sabia voltar.