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segunda-feira, agosto 27, 2001
Muita dor de estômago, desde hoje cedo. Acabei de tomar um tal de "Estomanol" - que eu nunca tinha ouvido falar. Espero que melhore logo. Tô em falta com vocês, eu sei. Desde quinta passada. Mas vocês também estão em falta comigo, ninguém inaugurou a minha nova caixa de e-mails. :-( Ainda tô esperando.
'vou tentar mais uma vez colocar o link, dessa vez com uma técnica que o Gilberto (do site www.underweb.com.br, meu colega de faculdade) me ensinou. Vamos ver se dá certo. Lá vai: zeal@altavista.com<

Breve retrospectiva dos fatos: Quinta meus pais chegaram de viagem de surpresa, sem o menor aviso prévio (pelo menos pra mim), e acabaram com as minhas "férias paternais". Uma pena.
Sexta foi um dia especial. Ganhei até uma telemensagem personalizada.:-) Teve piada, brincadeiras, vinho, velas, Björk e teatrinho de sombras. Também fui no cinema com o Diego, ver "A Senha" -"Swordfish", como ele gosta de dizer os títulos dos filmes, no original . O filme é legal, principalmente os efeitos especiais. Uma ótima pedida para ocupar uma tarde ociosa e inconsequente em companhia de um grande amigo.
O fim de semana foi um tanto quanto "surreal", como diria meu professor de semiologia, Manoel Ricardo. Gastei a manhã de sábado inteira com os preparativos para a apresentação, à noite. Vestidos de jornal, tintas guache para a maquiagem, gel para os cabelos, preparar os lanches da cantina. Almocei com o Nílbio e depois fomos passar a luz do monólogo da Isabella. Depois eles foram lá pra casa e lanchamos minipizza e suco de maçã ao som de Pato Fu e Belle & Sebastian. Com isso lá se foi a tarde, e tive que me aprontar às pressas (algo que eu faço de muito mau gosto).
O tempo passou e passou e a Karine, que ia preparar o "figurino" da Isabella (pintar a maior parte do corpo dela com guache azul e branco - inclusive os cabelos), não apareceu. Só eu de menina e mais uma penca de marmanjos se candidatando para a vaga da Karine. Isso é, sobrou pra mim. Apesar de eu ter ficado muito sem jeito, o fato foi digno de se incluir no meu arquivo de experiências exóticas. :-)
A minha parte na apresentação da Joyce transcorreu sem problemas, mas depois o Nílbio passou mal e pregou um belo susto em todos os presentes. Acabou indo parar no hospital e, como era ele o reponsável pela luz da peça, tiveram que cancelar o espetáculo. Mas o importante é que agora ele já está bem e prometou se cuidar direitinho.
Domingo. A Confusão parte 2 -episódio final. O Bob, que ia ficar na cantina no meu lugar, teve que resolver um problema de última hora e só apareceu 5 minutos antes do show começar. Eu desesperada no camarim, tendo no máximo uns 15 minutos até o momento da minha deixa, pra fazer o que eu faria em no mínimo meia hora. E pra completar, uma menina azul e um diretor metódico discutindo fervorosamente dentro do mesmo camarim. Então a menina mostrou que era azul por dentro também, quando suas lágrimas se misturaram com a tinta guache.
Mas o show tem que continuar. Fiz a minha parte direitinho, apesar do nervoso, da tremedeira, do frio na barriga, das ausências. A menina azul também se saiu muito bem, pelos aplausos que eu pude ouvir lá do meu posto, na cantina. Afinal de contas, o que seria um final de temporada sem esses "leves" contratempos? As minhas noites de "cantineira" no Geo Dunas vão deixar saudades, anyway. Conheci um monte de gente legal e estreitei laços, durante esse mês de Monólogo do Trovão. O clima de bastidores culturais me faz bem, ás vezes. Superamos tantos imprevistos e problemas técnicos que, quando fecham-se as cortinas e ouvem-se os aplausos, a sensação é de que podemos enfrentar o que vier, mesmo os problemas que julgávamos mais difíceis. Pelo menos comigo é assim.

Minha dor de estômago melhorou, pelos menos aparentemente, enquanto estou aqui bem quietinha na frente do micro. Uma vez li na coluna do Cardoso, no COL (www.cardosonline.com.br), que nosso estômago é como um verme, se não o alimentamos corretamente, ele que nos devora - ou algo assim. Faz um enorme sentido.
Agora me vou, mas deixo com vocês a letra de Giramundo, pra quem ainda não conhece a musiquinha e não foi conferir a apresentação.

Giramundo

Rasgue a roupa que te cobre o ventre
E oferece-te ao primeiro que passar
Pois o mundo gira qual peão ensandecido
E nunca, nunca há de parar

Saque a faca que te parte a alma
E atravessa teus pulsos impunes
Pois o mundo gira qual rodamoinho de vento
E nenhuma das folhas estão imunes

Cospe o vazio que te sufoaca a mente
E lança-te nesse escuro breu
Pois o mundo gira qual trem desgovernado
Cujo maquinista há muito já morreu

Solta o grito que te prende a boca
E ensurdece com a dor lancinante
Pois o mundo gira qual fúnebre procissão
Onde o ser humano jaz agonizante
Cláudia Lourenço

Enviado por Claudia Zeal às 2:44 PM | link Comentários: